segunda-feira, 18 de abril de 2011

A tarde inteira

Claro que a vida é repleta de possibilidades
e evidente que toda mágoa nos cega para esse fato
o amor é exemplo abtrato da extrema felicidade
do vício da tristeza,que se tornou moda nessa louca era de incertezas
eu vivo correndo, não posso parar, se o passo vacila
eu rastejo,ficar imóvel é pensar em tudo que passou
em toda a ferida que o tempo ainda não curou.

me falam de tempo,pra esperar ele passar
minha paciência há muito chegou ao fim
minha poesia há muito fracassa ao me consolar
minhas rimas estão cada dia mais pobres
vejo um mundo cinza,embora saiba que há tardes feitas para me salvar
mas estão ficando raros estes  momentos,
embora ainda saboreie a juventude
me sinto sem tempo

meus gestos se seguram, minhas palavras se perdem
tantas caminhadas sem sentido
saindo por sair, falando por falar e a vida claro
continua a ser boa mas há algo maior a provar
uma verdade simples e absoluta
que pode levar o ser humano a uma resposta óbvia
algo tão cliché que ignoramos a todo momento
uma opção que custo a admitir por puro medo de parecer cafona
Uma verdade de amor
aquilo que hoje não está mais na moda,
algo que faça diferença quando todo o resto fracassa.

O amor está destinado aos fortes
aos que podem amar e dizer que amam
não se limita ao simples desejo de querer dia sim e dia não
essa verdade de amor foge dos dicionários
e os poetas antigos já sabiam que a não explicação do sentimento é sua verdade
pessoas objetivas demais não entendem
que sentir não cabe no entendimento
eu mesmo me escravizei de sentidos
quis explicar as coisas e entender as dores do mundo
no fundo só as senti e pude entender
mas jamais conseguirei explicar alegria ou pranto

reconheci de repente que sou demasiado humano
e no fim das contas só quero beijo, sexo , carinho

humano demais, comum demais
hoje eu vi, simples horas me salvarem de dias ruins
e estarei esperando, nem triste, nem eufórico
estarei esperando o dia em que certas tardes se repitam por anos e anos.

(Aquiles)

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