quarta-feira, 20 de abril de 2011

CARAS COMO EU...

 Quando acordo de manhã e penso  que vou ter que ir trabalhar me passa muitos pensamentos na cabeça: um deles é que sou um grande filho da puta que faz uma coisa que nunca sonhou mas se deu por satisfeito.
 Quando fico com uma garota legal e tento de todas as formas não criar expectativa ,mas crio mil fantasias confirmo: sou um grande filho da puta carente.
 Quando fico triste com as notícias da televisão e absorvo as dores do mundo ferindo meu coração pondero: em que mundo vivemos e por que o caos me deprime se a tendência natural de tudo é ir em direção a ele?

 Me apego as pessoas que demonstram paixão...paixão as coisas, as idéias e as pessoas.Você pode defender seu ideal ridículo, suas crenças sem fundamento mas ser passional ao defender o que faz parte do que você acredita me atrai e isso me torna um filho da puta sem senso crítico.
 Amo demais, fico feliz demais, me magoou demais,demais todas as coisas me retorcem e me contorcem e me transformam e as pessoas que amo fazem parte de mim, e cada indivíduo que me toca durante o dia compartilha lago que de certa forma me torna o homem  que sou.
 As mulheres...ah as mulheres....o que sou eu senão a soma de todas as paixões que vivi, de todas que apenas sonhei? Nos corpos que possuí a metamorfose foi violenta; nunca sou o mesmo entre uma transa e outra; as cores mudam, os objetos são outros e meu deus maior minha salvação amanhecem na minha cama, no meu sofá , no meu chão. Meus demônios supremos acordam, na minha cama, no meu sofá, no meu chão.

Quanto tempo perdido correndo atrás de coisas que não valem nada, as estradas me confundindo, me achando diferente por julgar receber sinais distantes que me guiavam por um caminho que seria grande: isso me faz um grande filho da puta sonhador.

Vejo o mal e aceito tal como ele é, já fui complacente com assassinatos e entendi os suicidas e isso poderia fazer de mim um cético? Não sei...eu quis muito tudo e fui atrás, e sem concessões amo o que posso amar, sigo passos em direção ao fundo, um túnel sem luz visível mas que talvez possa me salvar,um caminho sem a luminosidade que pode cegar.

 Não tento prever o futuro e não tenho mais medo de meus momentos medíocres. Entendo meu estado humano,minha miserável limitação para o amor, para a fé e para o desconhecido.

Agora faço o mais difícil, o que sempre foi minha resistência: dar tempo ao tempo, nesse momento desisto de lutar contra ele, de querer ser deus. Talvez agora tudo doa menos, menos dramaticidade nas coisas simples, continuo na essência entregue ao apego pelo mundo e o amor das mulheres.


"meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos!. "
( a parte entre aspas  em amarelo de autoria de J Izidro) o



Ps do dia: "A idéia salvadora nunca pôde nos salvar"

Um comentário:

  1. Oi, Aquiles. Obrigado pelo comentário e visita no meu blog! Mas eu sou paulista...de onde tirou que eu era carioca?? rs

    Um abraço!
    Feliz páscoa!!

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