sábado, 9 de abril de 2011

E O AMOR ANDA FORA DE MODA...(HISTÓRIAS DO CARA)

E O AMOR ANDA FORA DE MODA...(O CARA)

É difícil; muito difícil hoje em dia ter alguém pra falar e conversar sobre esse tal de amor.
A gente perde; chora; se desespera; dói.
Aí vem Deus e coloca certas tardes na nossa frente e pronto o mundo desaba.A força agora é uma ilusão e tentamos fingir ; continuar; mas por mais que sejamos bons atores a máscara sempre cai e o tombo é feio.


- Você é besta, isso passa- vão dizer
-Sai dessa otário- e tudo de fora parece muito fácil.Estamos numa era de hipocrisia e concreto;
ser sentimental é quase um crime.
O cara senta e observa o horizonte, a dor é quase insuportável, e por mais que queira ser duro e frio os olhos fazem sua tristeza aparente a todo que passa.E lá está mais um marginal, em tempos que falar de amor é coisa ridícula e fora de moda e que sofrer e demodê.
O Cara levanta, e tenta não olhar para os lados...por um segundo parece tudo tão passageiro
mas é impossível, ele olha pra trás, não consegue deter o gesto...uma vontade louca de ela voltar e
dizer que foi um erro; que a cena não tava boa e a história foi reescrita.Mas a vida deixa continuar aquele andar a passos lentos.Ele quis chamar; mas não podia.Nunca se sabe se um segundo de orgulho salvou ou ajudou a sangrar mais o coração.
É assim que foi...e vem na cabeça tudo aquilo que sempre nos dizem, que só se ama uma vez, que cada um tem uma tampa de panela e o pé sempre vai ter um sapato velho...essas  "verdades".
O Cara ta condenado a marginalidade, ele comete crimes hediondos:sente e demonstra que sente; isso é mal , muito mal por que enquanto ela se afasta a luz no fim do túnel vai ficando distante, o tempo deixa de significar algo relevante, de importante mesmo só fica o desejo; a dor e a precoce saudade,  saudade do recente passado e do antes radioso futuro.
Pow vem o Cara com aquelas cafoníssimas cartas de amor, declarações há muito guardadas achando que o último remédio pra doença sem cura é se lembrar do que causou a loucura.
Aquele cara ainda não se decidiu se o que dói mais é a indiferença da pessoa ou a raiva que ele sente dele mesmo por não poder sentir raiva de outra pessoa a não ser dele mesmo.
E dirão:A pára com isso que issso passa-Pois é tudo que sabem dizer por que lhes é impossível saberem que não dá pra pensar com emoção.
Não há alternativa....tentar mais uma vez seria burrice e de estupidez ele já foi escravo, mas não há alternativa
que alternativa se o que causa a dor é o que traz o alivio?É o Cara está dependente da droga;
a droga que todo ser humano experimenta um dia, a paixão que dana .
Ele quer correr, esquecer...se fosse permitido aos olhos da sociedade espernearia como criança
mas não pode, não pode por que é homem feito; tem que trabalhar e ser forte por que amor não é o que move os alheios e nem é vontade nem vantagem pra muitos.
Está no exílio....um deserto.
A zona de perigo se aproxima, o Cara sabe que a doença está avançada quando o humor que ainda resta se esvai e aí sim é um passo do precipício.
O Cara quer esperar....e um dia vai passar.....o que dá medo é a demora....
o tempo é amigo e inimigo da dor
auto consciência vai acabar com ele.Saber todas as saídas e possibilidades, pensar nunca foi um dom vantajoso, raciocinar, conhecer o próximo, conhecer a si mesmo sempre foi um fardo
e a vida parece que vai ser assim e vai ter que se acostumar.....
ele se mata?segue?
Ele não sabe perder o ser amado, chora e faz a cena, fica inconformado paralisa.....
agora ele está pensando.....sentindo, remoendo
o próximo minuto é uma incógnita... e depois continua.....

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