terça-feira, 28 de junho de 2011

Estrangulando as esperas...vocês estão nessa fase?











Eu limpei minhas mensagens, eu deletei meus emails, eu matei meus recados, eu estrangulei minhas esperas, eu arregacei as minhas mangas e deixei morrer quem estava embaixo delas.
Eu risquei de vez as opções do meu caderninho, eu espremi a água escura do meu coração e ele se inchou de ar limpo, como uma esponja…

- Agora eu tô pronta pra outra

Tati Bernardi

domingo, 26 de junho de 2011

O quê que há rapaz?

Agora venta frio lá fora, as cortinas do quarto dançam. Um efeito bonito.
Sento-me, olho os discos, os livros, tudo que mais amo, tudo meio sem sentido agora.O caderno continua em cima da cama; meus poemas, minhas folhas em brancos, nem lembro a última vez que escrevi. Amanhã é dia de folga, seria uma coisa ótima se eu não desejasse tanto ocupar a cabeça com  coisas práticas, com o cotidiano, com o real.Mas não, tem que ser esse excesso de sentimento, essa tormenta, escuridão densa dentro do coração. Tinha que ser esse clichê  paranóico.
Ah bem que eu queria explodir o mundo, mas não posso fazer isso sem machucar os que amo. Se bem que dizendo a verdade nem com isso estou me importando, amar e não ser amado virou para mim uma verdade sólida. Também tangível á palma da mão é esse medo de ficar sozinho. Não dou pra ficar só, e nem quero tentar, muito embora eu já possa entender que é isso que vai me curar, me tirar do sonho sem sentido do casal a dois, passeios no parque, beijos e palavras comuns.
Eu estou precisando me desconectar, não por depressão e nem desapego a vida, que eu amo, e sim por necessidade. Quero meu sol, meus livros, minhas canções e meu egoísmo, meu egoísmo, meu egoísmo. Eu quero entender dessa conversa de cuidar de si próprio.
É  que durante muito tempo eu imaginei que gostava mais de mim com TAL pessoa por perto, e ainda imagino assim, só quero saber como é não ser dependente dessa dor no peito, desses sentimentos contradizendo minha razão. De verdade mesmo eu queria ser criança agora, poder espernear, bater o pé e gritar, mas o tempo passa, nem tudo que é da vontade podemos fazer, e olha que eu já fiz muita coisa louca e demente, mas meu coração paciente cansou de esperar e se calou em meio ao sofrimento do mundo, as mortes nos jornais, a família indiferente, e a partida daquela menina que deixou saudade.
Eu me perdi em muitas aventuras ideológicas, Mas nunca fui rebelde sem causa, sempre busquei uma causa para tudo, e efeitos amigos, nenhum.
Sabe o que eu mais quero agora? Gargalhar! Não aquela seguida de silêncio  e lembrança, aquela breve que depende da presença dos bons amigos, eu quero o riso permanente, o que mesmo com os lábios cerrados, ressoa no corpo o dia todo, a energia positiva de sorriso de infância de quem ainda jovem sabe que há muito por vir.
Pelas palavras me dano e me salvo, minha tábua a deriva, pelos versos e crônicas me encontro, nas telas do cinema me traduzo e assim se faz esse homem confuso que de amor descobriu não entender nada, que de amizade não entende nada, que da vida não entende nada, mas sabe respirar pela manhã,  sentir a vida, e ter uma alta percepção das coisas que o cerca, do vento na janela, do dançar nas cortinas, das letras manchadas de dor e sangue das canções.
Agora venta frio lá fora, as cortinas do quarto dançam. Um efeito bonito, o sono não vem e penso que poderia ser fumante,mas odeio esse vício, na TV  parece relaxante...mas ligo o rádio, nenhuma música especial, melhor assim, e durmo.








PENSAMENTO MUSICAL:  Você me dói agudo e isso é grave,
Grave
Antes de te reencontrar
Sei que preciso voltar
A ser alguém


(Paulinho Moska/ Outra volta do Parafuso)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

E o amor anda fora de moda....(historias do cara)

COM TANTOS SENTIMENTOS POR AÍ, TINHA QUE SER JUSTO AMOR MEU DEUS!  ( Caio Fernando Abreu)






É difícil; muito difícil hoje em dia ter alguém pra falar e conversar sobre esse tal de amor.
A gente perde; chora; se desespera; dói.
Aí vem Deus e coloca certas tardes na nossa frente e pronto o mundo desaba.A força agora é uma ilusão e tentamos fingir ; continuar; mas por mais que sejamos bons atores a máscara sempre cai e o tombo é feio.

- Você é besta, isso passa- vão dizer
-Sai dessa otário- e tudo de fora parece muito fácil.Estamos numa era de hipocrisia e concreto;
ser sentimental é quase um crime.
O cara senta e observa o horizonte, a dor é quase insuportável, e por mais que queira ser duro e frio os olhos fazem sua tristeza aparente a todo que passa.E lá está mais um marginal, em tempos que falar de amor é coisa ridícula e fora de moda e que sofrer e demodê.
O Cara levanta, e tenta não olhar para os lados...por um segundo parece tudo tão passageiro
mas é impossível, ele olha pra trás, não consegue deter o gesto...uma vontade louca de ela voltar e
dizer que foi um erro; que a cena não estava boa e a história foi reescrita.Mas a vida deixa continuar aquele andar a passos lentos.Ele quis chamar; mas não podia.Nunca se sabe se um segundo de orgulho salvou ou ajudou a sangrar mais o coração.
É assim que foi...e vem na cabeça tudo aquilo que sempre nos dizem, que só se ama uma vez, que cada um tem uma tampa de panela e o pé sempre vai ter um sapato velho...essas  "verdades".
O Cara ta condenado a marginalidade, ele comete crimes hediondos :sente e demonstra que sente; isso é mal , muito mal por que enquanto ela se afasta a luz no fim do túnel vai ficando distante, o tempo deixa de significar algo relevante, de importante mesmo só fica o desejo; a dor e a precoce saudade,  saudade do recente passado e do antes radioso futuro.
Pow vem o Cara com aquelas cafoníssimas cartas de amor, declarações há muito guardadas achando que o último remédio pra doença sem cura é se lembrar do que causou a loucura.
Aquele cara ainda não se decidiu se o que dói mais é a indiferença da pessoa ou a raiva que ele sente dele mesmo por não poder sentir raiva de outra pessoa a não ser dele mesmo.
E dirão:A pára com isso que issso passa-Pois é tudo que sabem dizer por que lhes é impossível saberem que não dá pra pensar com emoção.
Não há alternativa....tentar mais uma vez seria burrice e de estupidez ele já foi escravo, mas não há alternativa
que alternativa se o que causa a dor é o que traz o alivio?É o Cara está dependente da droga;
a droga que todo ser humano experimenta um dia, a paixão que dana .
Ele quer correr, esquecer...se fosse permitido aos olhos da sociedade espernearia como criança
mas não pode, não pode por que é homem feito; tem que trabalhar e ser forte por que amor não é o que move os alheios e nem é vontade nem vantagem pra muitos.
Está no exílio....um deserto.
A zona de perigo se aproxima, o Cara sabe que a doença está avançada quando o humor que ainda resta se esvai e aí sim é um passo do precipício.
O Cara quer esperar....e um dia vai passar.....o que dá medo é a demora....
o tempo é amigo e inimigo da dor
auto consciência vai acabar com ele.Saber todas as saídas e possibilidades, pensar nunca foi um dom vantajoso, raciocinar, conhecer o próximo, conhecer a si mesmo sempre foi um fardo
e a vida parece que vai ser assim e vai ter que se acostumar.....
ele se mata?segue?
Ele não sabe perder o ser amado, chora e faz a cena, fica inconformado paralisa.....
agora ele está pensando.....sentindo, remoendo
o próximo minuto é uma incógnita... e depois continua.....

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Certas verdades incovenientes

Eles fazem apologia as drogas, puxam ciggaros de maconha em plena Avenida Paulista e chamam isso de liberdade de expressão. Eles vão para as ruas fazer apologia ao crime e chamam de liberdade de expressão.
Na Espanha, milhares se reuniram para protestar contra o desemprego, aqui milhares estão se reunindo pelo direito de alimentar o tráfico de drogas.
As mesmas pessoas, que ao passarem pelas esquinas das grandes cidades ignoram os menores de idade viciados em crack e óxi. As mesmas pessoas que não passam necessidade e ignoram o fato de que a maconha é a entrada para todas as outras drogas.
Legalizar? Ótimo, precisamos de algum outro vício para acompanhar o álcool e o cigarro, precisamos de uma desculpa, e essa desculpa vem sob a manta frágil do argumento da liberdade de expressão.
Não posso mais falar sobre gays, em nome da liberdade de expressão deles, mas posso dizer que drogado não é criminoso; não posso mais professar religião que seja contra homossexualismo, em nome da liberdade de expressão, mas jovens ricos e brancos podem quebrar a maior universidade do país em nome da liberdade de expressão.
Vivemos em um país em que os idiotas estão vencendo! Não sou contra gays, mas sou contra a mordaça gay, conheço gays muito inteligentes, gente boa, mas sou contra ser considerado imbecil por não querer comparar casamento gay com o de homem e mulher. E leia-se que tenho amigos gays, só ainda não acho tão normal, sim , todo tipo de amor é válido mas não seremos hipócritas de dizer que tudo é comum.
Eles ignoram minha poesia, mas dão valor a toda sorte de bobagens ditas por qualquer intelectual que jamais viu um irmão passar fome, ou os efeitos da droga sobre a família.
Eu não consigo fechar os olhos e sofro,eu não consigo censurar meus ouvidos e dói.
Vivemos em um tempo de valores estranhos, vivemos num tempo em que o sangue não nos espanta mais, o jovem é levado ao matadouro, e os assassinos conversam assuntos banais; o Estado gasta dinheiro para recuperar assasssinos, e a família é a unica que sofre a maior pena..inafiançável.
Agora penso: -Devo ter mais fé? Acreditar nos que rezam pra Deus?
Eu sigo lendo jornais, rindo, é meu vício, mas eles esquecem, o amor é importante porra!
Não nego minha incapacidade diante dos fatos, não nego minhas mágoas, minhas vinganças, mas não finjo que luto por ideias, causas ridículas e marchas vazias.
Olho tudo ao redor, uma certa decepção no olhar, o caminhar das utopias se perdeu, o que era óbvio desde o início, utopias são feitas para isso....mas estamos no tempo que em que as aspirações mais ridículas vencem.
Mais uma vez: Os idiotas estão vencendo...e tenho dito.



PENSAMENTO CONSEQUENTE:Droga é aquela substância responsável por tornar a sua vida aparentemente mais suportável

Gabriel o PENSADOR

terça-feira, 21 de junho de 2011

...Das pessoas comuns...como eu e você ( Histórias do Cara)

....aí não deram escolha e disseram:aceita! 
              o cara teve que aceitar
e engoliu seco pra não perder o que já há muito não era dele.Ele chorou, e prometeu ter mais vergonha na cara
cresceria e nunca mais teria uma queda assim.
Mas já em casa ligam do banco;  bem... o Cara está ferrado....falta muito ainda pra arrumar....o quebra cabeça da vida está faltando peça.
O coração é traiçoeiro ele pensava ao telefone, enquanto seu gerente falava o mesmo sobre cartões de crédito.É óbvio que ele deveria cuidar melhor de si mesmo, e claro que a vida é boa e o dia está radioso lá fora, mas é tão na cara que nada disso interessa agora. O mal pensamento encheu o Cara  de DÚVIDAS e vontade de vingança. Pow a gente sabe que só fazem a gente o que nós permitimos fazer mas e daí? Quando você sofre nada disso faz sentido....esse lance de o coração sempre arrasa a razão parece muito mais verdadeiro.
Ah aí o que dizem pra ele na rua?-O mesmo de sempre....todos tão fortes.
O chato de tentar se distrair no trabalho é o sufoco, a vontade de correr...e bem os amigos são sempre os melhores amigos..aqueles sim são amigões mas pow ..chegar em casa e ter que encarar o travesseiro de madrugada é dose...

Ele vai esperar até um dia perder a graça...vai amar pra sempre até o psicólogo que ele está quase procurando o convença de que não dá mais. Vai evitar escutar Los hermanos e Legião Urbana
e as músicas daquela garota o Cara vai ter que evitar um tempo.
Foda o amor faz você parar de escutar o I pod.















ps do dia:   "A dor de ter perdido supera em vastos a dor de não ter tido." 









domingo, 19 de junho de 2011

Adeus Você..... Falar de amor não é amar

Algumas canções são como experiências espirituais, falam pela gente, falam pela situação....


Adeus você
Eu hoje vou pro lado de lá
Eu tô levando tudo de mim
Que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta
E não pensa que eu fui por não te amar
Cuida do teu
Pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
Procure-me em qualquer confusão
Levanta e te sustenta
E não pensa que eu fui por não te amar
Quero ver você maior, meu bem
Pra que minha vida siga adiante
Adeus você
Não venha mais me negacear
Teu choro não me faz desistir
Teu riso não me faz reclinar
Acalma essa tormenta
E se agüenta, que eu vou pro meu lugar
É bom...
Às vezes se perder
Sem ter porque
Sem ter razão
É um dom...
Saber envaidecer
Por si
Saber mudar de tom

Marcelo Camelo




Pensamento consequente do dia: "Falar de amor não é amar" ( Capital Inicial)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O homem no ônibus


Quem já encontrou alguém, um desses tipos marginais disparando desabafos sem sentido?
Essa é minha experiência com o nonsense senhor de braço amputado, não procurem sentido, apenas compreendam o lirismo de um homem sem pretensões..e acho



  Hoje entrei no ônibus indo em direção aos problemas por resolver. No trajeto entrou um desses tipos

que as pessoas olham e esperam que não sentem ao lado.

 Bem, ele sentou-se ao meu lado, eu já previa que cedo ou tarde ele puxasse algum assunto. Era um homem
Tipo perfeito pra despertar pena ou precaução das pessoas.
Senti que ele ia dizer algo e o fitei.
- Pow cara as pessoas não sabem mais respeitar os outros; a gente coloca nosso futuro nas mãos de alguém
e fica na pior, a mesma pessoa pode te ajudar mas prefere dar as costas.
 Respondi com um desinteressado "é".
- As mulheres não entendem que quando homem chora, chora com sinceridade; por que para um homem chorar
precisa muita coisa no coração né fio?



  Aquilo  claro, pela minha experiencia me fez sentido

Ele sorriu mostrando os dentes amarelados e continuou:



- O mundo é bravo irmão, ninguém te ajuda, mas todo mundo espera que você faça sua parte.

Com os olhos lacrimejando ele puxou o sinal  levantou e disse que não gostava do progresso



Não achei conexão com a primeira frase que ele disse e a última, não achei sentido em nada

mas aqui agora no fim de noite me parece que foi a coisa mais relevante que aconteceu no dia
o homem do ônibus, um homem aparentemente triste, tanto quanto o homem desinteressado a ouvir
algumas pessoas preferem dar voz a tristeza, mesmo que não faça o menor sentido para
o coração alheio
outras seguem caladas na sua viagem de ônibus com seus problemas a resolver.




ps do dia: "Disseste que se tua voz tivesse força igual a imensa dor que sente, teu grito acordaria não só a tua casa mas a vizinhança inteira"9+

um homem e suas conclusões para quem quisesse ouvir

por que ele destruía as pessoas.. e desceu.. breve

aparentando uns 35 anos, não tinha um dos braços, vestia roupas rotas e era negro.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Existe razão nas coisas feitas pelo coração?

ESPERO QUE GOSTEM
MUSICA
POESIA 
IMAGEM CASANDO PERFEITAMENTE!



"E quem irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração, e quem irá dizer que não existe razão?"
recomendo a todos que vejam esse belissimo clipe, feito para uma propaganda
EDUARDO E MONICA DA NOVA GERAÇÃO BOM DEMAIS!!


terça-feira, 14 de junho de 2011

O inútil exercício do desapego

As vezes eu me pego nessas tardes preguiçosas, em que raramente tenho algo mais útil a fazer, olhando aquela foto, que inclusive eu devia ter rasgado.
Mas mais que esse retrato, o que me comove  é aquele anel prateado guardado na caixinha. Há tempos não olho para ele, mas vendo a caixinha ali naquela cesta de Páscoa presente de um domingo alegre, me confronto com o pior de mim: Incapacidade total de me desapegar do passado.
Imagino naquela aliança todas as coisas prometidas, aquelas promessas que usamos para prender quem já acena para outro horizonte. Símbolo de tudo que um dia foi expectativa e felicidade agora me pego apático, (não triste), para aquela jóia que hoje é ausente de significado, de sentido, está ali apenas para me lembrar que algo aqui ainda não morreu, está ali para tornar as tardes mais irremediáveis e vazias.
Há algum tempo eu penso em me desfazer destas coisas que me aprisionam num tempo que se foi, mas não sei se me faria bem, tenho medo de com isso perder ainda mais pedaços do que os que deixaram para trás quando perdi a outra metade da aliança...esse nome aliança, não faço imagem na cabeça de algo chamado aliança sozinho, ali num canto da casa esquecido, na espera  vã de quem partiu  sem olhar para trás e sem arrependimento.
O que mata é saber o quanto o outro é corajoso, deixar tudo de lado assim, sem choro, nem vela, mas é assim mesmo, o fim do amor é escuro e não mostra luz alguma, o jeito mesmo é que um dia acordamos e embora os restos da depressão estejam impregnados na casa a gente v ê que  consegue acenar sozinhos, para algum lugar, nem que seja para nossos amigos vazios, nem que seja para nós mesmos.
Não resisto, abro aquela caixinha, espantado percebo meu receio em amassá-la, ainda há carinho, sei que esse tipo de gesto faz para sofrer, eu gosto, talvez seja meu vício, querer ser assim, achar bonito essa solidão, esses dramas, que me perdoe as feministas, não é coisa que homem deve fazer, há de se ter certa segurança, nada lágrimas, que mulher gosta disso?
Mas não dá pra matar essa sentimentalidade tola, fingir me faria rir menos ainda, pois deixar de ser quem sou eu já tentei e não foi minha salvação.
Deixarei aqui tudo que faz dessas tardes, tardes tristes mas um dia há de vir meu sorriso com alguém que virá sem pretensões me trazer a cura e nenhum objeto possuirei mais em vão, pois já possuo em vão tantas coisas nessa vida, e percebi agora que o tempo não vai levar pra longe nada do meu peito, nem uma tempestade vai varrer do mapa os objetos que você esqueceu, e agora mais que nunca aceito essa condição, de romântico inveterado, de pervertido sem solução, e não deixo mais de amar a vida, e quem me quiser assim que venha.

Abro a porta, o céu está alaranjado, e o clichê como sempre...meu parceiro, saio, fecho a porta
Sem trancar...





Pensamento Consequente: 
"...E que fique muito mal explicado.
Não faço força para ser entendido.
Quem faz sentido é soldado..."

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O que ela disse....ou quis dizer...



É só isso
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará
Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz


Mesmo,que isso dure/ Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais

(Vanessa da Mata)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

ESCOMBROS

Tenho uma mania estúpida, embora não seja uma coisa muito peculiar só minha. Sempre estou remexendo escombros.
Sim, primeiro, durante o desmoronamento eu imploro por cada tijolo ainda de pé, nego a poeira que encobre a vista do outro,nego que a construção tenha perdido seus alicerces. Daí, o construtor se vai, e eu fico ali, as vezes vazio,as vezes com dor,depende do dia.
Mas nada pior mesmo do que voltar ao local da demolição e ficar procurando algo que tenha sobrado inteiro; ou melhor não encontrar aquele retrato precioso e ficar satisfeito achando que o outro levou por consideração.
Eu remexi hoje em meus íntimos escombros,  e só provoquei mais desmoronamentos, sentimentos alquebrados, redivivos, mas não mais o carinho de outrora, o amor que um dia nos fez grandes, e sim uma angústia letal da auto consciência,de saber que não há o que se fazer sobre o ocaso que alguém impôs.
Digo sem ressalvas que sofrer é um é um vício, tal qual como a busca pela felicidade,e sofro. Digo mais,sobre certas lembranças,mesmo as de passeios no parque, ou mãos dadas no domingo há um veneno mortal querendo dissolver o sonhador; não abro mão do meu egoísmo para me sentar numa pedra no alto e ver lá embaixo meu destruidor (antes amado) sorrindo leve com alguém. Eu como nervo exposto, me doou todo, e há muito parei de me negar assim, esse drama, essa dor toda.
Eu entro fundo em qualquer jogada, não consegui mudar para ser feliz, se for pra cair que eu me espatife no chão sendo eu mesmo, por que foi assim que eu vim, esse amor todo, esse medo em dobro, essa vontade louca de transformar o mundo em meu quintal....mas vem o tempo e o desamor e joga fora a utopia, a gente fica jogando amarelinha na rua vazia, pensando ser criança, fingindo que  na moldura quebrada não há nenhum sentido ou passado a se apegar, e claro que me importar assim não faz com que o telefone toque,ou o gesto se faça, se retome;  ligar para tudo isso anda me fazendo mal, mas minha incompetência para mudar me paralisa,e reviro o lado esquerdo do meu peito, sem admitir defeitos,  sem esquecer jamais, sem me lembrar que a vida continua,  que o novo pode vir.
Mas hoje não estou para auto-ajuda, hoje eu não estou nem pra mim. Enquanto colho restos , as pessoas se divertem,e eu também sei rir, ninguém suspeita do meu bom humor, ninguém suspeita que  meu riso branco e largo, que nesse rosto negro,nesse coração comum  amanhece um  eterno espanto, e só os bons amigo me viram aqui,mendigando atenção, chorando sobre os entulhos da construção



PENSAMENTO CONSEQUENTE:  "As vezes é melhor se esconder/
mas como então viver e aprender sem se machucar?"  (BANDA CATEDRAL)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Quando a poeira baixar (Cesar Carvalho)

Quando a poeira baixar (Cesar Carvalho)

Nem sei o que pensei de ti
Só sei que não contei com o fim inesperado
E agora o que faço é crer
Que posso até viver sem você
 
 

domingo, 5 de junho de 2011

Deus e o Demônio na terra de ninguém

  Eu andei a procura de Deus um tempo atrás. Achei que o encontraria em seu "livro", achei que o sentiria nas igrejas, nos grandes templos, eu precisei de sua ajuda.
  Eu duvidei de Deus há muito tempo atrás, não via lógica no sacrifício que não livrou ninguém do sofrimento;   não via sentido nas crianças mortas e nem nas mães que abortam, nos males do mundo. Minhas tragédias então...céus, como eu praguejei contra  Deus, e como foi desgostoso aqueles tempos.


  Hoje, mais calmo, com espírito mais sereno eu percebo o vento, o sol pelas manhãs, uma percepção maior das coisas, da vida, das pessoas.
  Eu compreendo a idéia de Deus a cada respirar, não o procuro mais na multidão de fanáticos; Deus está em minhas canções, está na liberdade de escrever deus com letra minúscula.
  Recordei dos tempos de amor que tive, ele flui ali, no transpirar dos corpos, das palavras cheias de amor e exagero; Deus está na risada de meus irmãos.
  Meus demônios, não exorciso, fazem parte de mim, meus pecados, minha vontade de jamais me redimir do que fiz, apenas continuar, tendo o entendimento e a consciência de que sou demasiadamente humano e não há  muito a se fazer com relação a isso.
  Minhas experiências espirituais podem estar todas equivocadas, talvez eu devesse seguir a risca o que diz   Bíblia, talvez eu devesse escolher a religião por qual eu deva morrer, mas eu morro sempre das coisas humanas, das coisas tangíveis pois acredito que o Deus que creio não é esse ser pobre que muitos querem que eu siga. Também não creio que o demônio é esse animal selvagem que destrói tudo, ninguém se´pergunta como um Deus que é só bondade gerou o destruidor? O mal é sempre é questionar pelo jeito...e me questiono, enfrento e agrado a DEUS e ao DEMÔNIO  todo tempo, todo minuto, no passar de meus dias, e nas pedras de minha estrada, meu sangue no caminho....colhido por um deles.








PENSAMENTO CONSEQUENTE DO DIA: 
  
O mal do mundo é que Deus envelheceu e o Diabo evoluiu.

(Millor Fernandes)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fim de Caso (Who´s gonna save my soul)

Um futuro ex-casal está a terminar o relacionamento em uma típica lanchonete americana. Sentados um de frente pro outro, ela começa:

- Eu... Eu preciso de espaço... Eu preciso de tempo para descobrir quem eu sou, sabe?
Não é você, não é você mesmo. Sou eu. Tipo, eu estou tentando descobrir quem eu sou e não consigo fazer isso se eu estiver tentando te descobrir.


Ele a ouve, mas parece não prestar atenção. Em um gesto indiferente ele se vira para a garçonete que está passando e pede:


- Você poderia me conseguir um outro prato, por favor?


Em silêncio ele pega uma faca e a enfia em seu próprio peito, apoia a faca ensanguentada sobre a mesa, arranca seu coração, o põe no prato e entrega a ela.


- É para você. - ele diz.


Ela continua sem entender o que ele está querendo fazer.


- Você está percebendo que eu estou terminando com você, ?


Ele simplesmente continua a falar:


- É uma coisa estranha... Na verdade, ele é seu agora. Eu não sei porque funciona assim, mas eu nunca vou conseguir te superar. Então de agora em diante, toda garota que eu conhecer vai ser meticulosamente comparada a você, e, infelizmente, nenhuma delas vai chegar a altura da falsa memória do que nós dois "tinhamos".


- Hum, bom... Talvez eu possa ficar com ele um pouco e usar para algumas coisinhas como... Sei lá, se eu estiver tendo um dia muito ruim, se eu precisar de alguém pra conversar ou pra mudar alguma coisa de lugar e então, eventualmente, eu te devolvo quando nós encontrarmos outras pessoas.


Ele pacientemente a responde:


- Infelizmente não vai funcionar desse jeito.


E ela sem entender o pergunta:


- Porque não?


E ele a explica:


- Bem, agora que você tem meu coração, eu sou basicamente uma cavidade vazia por dentro. Na falta de um termo melhor, sem-coração. Eu agora tratarei todas as mulheres que eu conhecer com um comportamento passivo-agressivo, arruinando relacionamento atrás de relacionamento por vários e vários anos.




(Esse diálogo foi tirado do genial clipe da música Who's Gonna Save My Soul de Gnarls Barkley)


"O amor é primo da morte" (Drummond)



  REPETINDO:   Bem, agora que você tem meu coração, eu sou basicamente uma cavidade vazia por dentro. Na falta de um termo melhor, sem-coração. Eu agora tratarei todas as mulheres que eu conhecer com um comportamento passivo-agressivo, arruinando relacionamento atrás de relacionamento por vários e vários anos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011



Este selo vai para os blogs acompanho e curto demais ler, nesses dois meses assíduos com meu novo blog fiquei muito feliz em saber que tem muita gente boa, com sensibilidade, bom humor e poder sobre como usar as palavras mesmo as que não de sua autoria.
O Selo eu deixo com os seguintes parceiros blogueiros:


Pequenas Epifanias

Rascunhos de Mim

Só SENTIMENTOS VIVIDOS

Com o coração na boca

A Espera d eum Milagre

"Entre Aspas"

PENSAMENTOS

Só tenho fragilidades

Amor de retrovisor