terça-feira, 17 de maio de 2011

Não se mudam as pessoas

Queria muito escrever hoje, mas há um mal estar aqui. Porcaria de tédio, de carência em excesso.
Admito que tenho um dom, aproximar as pessoas, mas nesse momento queria estar longe, com exceçõesde uma ou outra pessoa que me faz bem, mas são justamente essas que afasto com essa necessidade de estar perto. Dizem que temos que deixar as pessoas sentirem nossa falta , não correr atrás, porra, será que temos que mudar o que somos pra ser feliz?!
Vinte e dois anos na cara e não aprendeu a controlar os impulsos, quer por que quer o desejo, a paixão, e por mais que a gente seja carinhoso, isso já é uma cobrança, querer de volta o que damos.
Não sejamos hipócritas, a gente sempre está esperando uma resposta para o gesto, para a amizade, para o amor, até mesmo esperamos o outro sofrer para sentir que valemos a pena em algum momento; egoísmo? Não acho; somos seres humanos, sujeitos a todo tipo de sentimento, e eu queria mudar muitos deles, mas sou fraco, Deus sabe, quem me conhece sabe.
Apaixonado demais, entregue demais a ideais ridículos, as pessoas com quem crio expectativas e isso é um erro, talvez perdoável mas como mudar?
Creio que não se mudam as pessoas assim, nada aplaca essa vontade de correr atrás e conseguir e viver tudo mas a vida não é filme o poeta já falou e lá se vai ao longe o objeto de desejo.
 Claro que liguei demais, mandei cartas demais, disse eu te amo demais, mas por vontade profunda de expressar um momento que poderia fugir, mas isso assusta o alvo de desejo, e machuca a indiferença mas não tem jeito, para esse romântico cabeça dura.
Se afasto o que quero mudarei talvez, mas não de uma  hora pra outra e vivo nessa de um dia alguém aceitar esse cara como ele é, mas isso não merece tanto, nem descrição, baboseira com açucar,na falta de afeto, ser doce é nada, vou seguindo nessa estrada onde a poeira não é nada mais que retrato de tudo que anda tão sem graça, início de noite....vou embora.



Pensamento consequente do dia:  "é certo que eu seja um romântico anacrônico, e você um trem que por distração eu tenha perdido, o tempo não espera por ninguém e tenho dito"  CAZUZA

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