Poema pra Moça (para Ana Martins) do Pequenas Epifanias

Eu entendo dessa saudade, reconheço muito de você em mim
Moça,eu sei que as coisas vão mal
mas pedir ajuda não é crime, estender a mão é um gesto normal.
Nem quero saber de seus crimes do passado, se de repente se perdeu no Eldorado
Eu já cansei da busca por ouro e quero paz
e isso eu só acho nos braços de quem quer cuidar de mim
Moça, eu entendo dessa amargura, e sei que mentem quando dizem que a vida é sempre doce
mas é verdade toda essa coisa de ter gente querendo você mais forte, mais livre.
Moça, há pouco descobri que nem toda dor faz a gente crescer
se a gente para no meio da estrada e se convence que essa dor no peito é o resumo de nós.
Moça, o "o mundo é grande, e as pessoas sós" dizia um poema antigo,
mas eu ando mais ligado em coisas simples
canções novas, e quem sabe novos amores.
Andei cruzando as ruas B em vez das ruas A e assim devo ter perdido o melhor
mas são escolhas, e eu sou esse agora em cima dessas escolhas.
Arrependimentos sempre temos, são raiz de aprendizado
Amanhã é um novo dia se escolhemos assim,
Não abandone a vida, sinal de de covardia
não abandone quem quer te mostrar a verdade
"me dê a mão vamos sair pra ver o sol"





PENSAMENTO CONSEQUENTE: Passado é passado. Não precisamos deixá-lo para trás, ele já está lá.